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Se Beber ...
...Não Engravide!
Há muito tempo que vários estudos vêm demonstrando os efeitos maléficos do uso de álcool na gravidez, em geral, a exposição pré-natal ao álcool está associada a uma progressão de riscos. Assim, quanto mais a mãe bebe, durante a gravidez, maiores são os riscos de ela vir a ter um bebé atingido pelos efeitos provocados pelo álcool, acreditando-se que o período inicial de gestação é a mais crítica pois, o álcool atravessa a placenta alterando a sua capacidade de fornecer nutrientes interferindo assim no normal desenvolvimento do feto.
Um dos efeitos mais nocivos do álcool no feto é o chamado Síndrome Alcoólico Fetal (SAF) provocado pelo uso excessivo de álcool durante a gravidez, em particular no primeiro trimestre de gestação. Este é irreversível e atinge todos os níveis socio-económicos e culturais, bem como todas as raças. De salientar que a natureza e a extensão das anormalidades estão relacionadas com o teor alcoólico no sangue materno e o estágio gestacional da exposição.
A Research Society on Alcoolism sugeriu em 1980 alguns critérios específicos para o diagnóstico da SAF. Assim, só deve ser diagnosticada quando o paciente mostrar sinais em cada uma das três categorias seguintes:
1- Retardo do crescimento pré-natal ou pós-natal (peso, altura ou circunferência craniana menor que a percentual 10 para a idade gestacional).
2- Comprometimento do sistema nervoso central (SNC) tais como sinais de anormalia neurológica, atraso no desenvolvimento intelectual, principalmente dificuldades de aprendizagem e/ou impulsividade/hiperactividade e distúrbios no sono.
3- Alterações dismórficas, particularmente faciais, com pelo menos dois dos seguintes sinais: microencefalia, microftalmina e/ou prega nasolabial pouco desenvolvida , lábio superior fino ou área maxilar achatada.
De salientar que o retardo de crescimento, no peso e na altura, ou circunferência craniana diminuída antes ou após o parto, são os sinais mais comuns da SAF.
É também um critério a exposição materna confirmada ao álcool indicando um padrão de consumo excessivo caracterizada por uso regular e substancial de bebida ou episódios de beber pesada. A evidência desse padrão incluí frequentes intoxicações, desenvolvimento de tolerância e abstinência a problemas legais e sociais, comportamentos de risco à saúde ou problemas clínicos como doenças hepáticas.
Algumas medidas de prevenção recomendadas pela OMS (1998) para problemas ligadas ao álcool foram:
- Distribuição limitada de estabelecimentos comerciais com venda de bebidas a preços baixos.
- Horas limitadas de funcionamento desses estabelecimentos
- Preços e taxas de bebidas alcoólicas muito elevadas
- Advertências de restrição ao uso
- Regulamento das condições de venda (proibição para mulheres grávidas e toxicodependentes)
Outras medidas seriam a de estimular as mulheres a não beber na gravidez, alertá-las dos riscos que esse tipo de comportamentos podem ter no feto e ensinar o diagnóstico precoce do uso nocivo de álcool, bem como técnicas de intervenção precoce para médicos e outros profissionais de saúde.
Dra. Florbela Freire
Dra. Olga Correia
Psicólogas do Desenvolvimento e Educação
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